Seja pela sensação de insegurança ou por uma necessidade de proteção, casas, condomínios têm aderido cada vez mais aos sistemas de segurança.
Embora não tenha números que comprovem essa tendência, o diretor comercial da Masterseg Sistemas de Segurança, Ronaldo Viegas afirma que nos últimos 10 anos o número de clientes têm aumentado continuamente. ”A economia cresceu e há mais interessados. As pessoas têm procurado por segurança”, opina.
Os produtos de maior demanda são alarmes, câmeras e cercas elétricas. Viegas orienta que um técnico em segurança deve ir até o cliente e avaliar o local onde o equipamento será instalado e só então se define o preço. ”É preciso saber quais os pontos fracos de cada ambiente”.
Para Viegas o consumidor precisa ficar atento ao contratar um serviço. Segundo ele, conhecer a empresa contratada e a procedência do material utilizado é fundamental. ”Nunca é demais buscar referências com outros clientes. Às vezes a pessoa pode economizar até 20%, mas nem sempre o equipamento é de qualidade”, alerta.
Apesar da evolução do mercado, ainda faltam leis mais precisas sobre os sistemas de segurança no país. O empresário defende a necessidade de uma padronização. ”Nem todos os materiais têm certificação do Inmetro e não há fiscalização efetiva. Existe uma lei municipal, mas ela trata especificamente das cercas elétricas”, queixa-se.
A Lei em questão – 196/2001 – tem 17 artigos e estipula que a instalação e manutenção de cercas deverão ser feitas por um técnico ou engenheiro eletricista que possua registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea). Só podem ser instaladodas cercas certificadas.
Outro item que merece atenção são os isoladores utilizados no sistema, que devem ser fabricados com material de alta durabilidade e isolamento mínimo de dez quilowatts. A metragem mínima de altura da cerca elétrica é de 2,10 metros.
Moacir Miguel Rodrigues Junior, da Alarm Force, também reclama da ausência de leis mais específicas para os sistemas de segurança. A falta de mão de obra qualificada, para ele, também dificulta a expansão do mercado. ”Muitos eletricistas conseguem instalar sistemas, mas sem conhecimento específico, e quando acontece um problema não sabem resolver, por isso o ideal seria qualificar melhor esse pessoal”, sugere.
Moradores mais seguros
Utilizando câmeras de segurança há aproximadamente quatro anos, o condomínio São Paulo Towers, área central de Londrina, está mais seguro na visão da subsíndica, Silvania Bergamaschi. ”A presença das câmeras ajudam a inibir pessoas mal-intencionadas”, avalia.
O prédio possui uma torre residêncial e outra comercial, o que aumenta a importância do equipamento. ”O fluxo de pessoas principalmente na área comercial é muito grande e investir em segurança é fundamental”, defende.
Vinícius Fonseca